Os dias do rádio AM podem estar contados
12 de dezembro de 2022
A gente achava que esse dia não ia chegar, mas parece que depois de um século de serviços o futuro do AM está condenado por conta dos carros elétricos. Calma, vou explicar melhor.
Os fabricantes de veículos elétricos notaram uma interferência estática, com ruídos e zumbidos quando o rádio era ligado na frequência AM, houve até um certo empenho para resolver, mas algumas grandes marcas como a
Os veículos elétricos, não coninterferência estática, com zumbidos e ruídos quando sintonizado na frequência AM e devido esla, Audi, Porsche, Volvo e Volkswagen, decidiram por remover o rádio AM de seus modelos elétricos.
“Em vez de frustrar os clientes com recepção e ruído inferiores, foi tomada a decisão de deixar de lado os veículos que apresentam a tecnologia eDrive”, disse a BMW em um comunicado.
Isso claro, não resulta no fim da frequência, mas com certeza pode abalar o número de ouvintes que vão ter que buscar aplicativos e também irá impactar financeiramente o mercado, tornando-o insustentável. Nos EUA cerca de 47 milhões de pessoas escutam rádio AM e o tempo médio de consumo vinha aumentando nos últimos anos, passando para um pouco mais de 2 horas por dia.
Em entrevista ao Ultimate Classic Rock, Ron January, gerente de operações da estação WATV-AM, no Alabama, disse que a perda dos receptores AM pode ser um movimento “assassino”, explicando que “a maior parte de nosso público ouvinte está no passeio matinal e no passeio vespertino, quando as pessoas estão indo para trabalho e vindo do trabalho – e se não estivermos lá no carro deles, não existiremos.” Diane Newman, gerente de operações e marca da WWL em Nova Orleans, argumentou que o serviço continua sendo essencial nas áreas rurais. “Você tira os rádios AM dos carros e tira uma tábua de salvação, uma conexão quando a comunidade mais precisa de você”.
Edward J. Markey (D-Mass.), senador americano saiu em defesa do AM e enviou uma carta para os mais de 20 fabricantes de carros elétricos Apesar de inovações como o smartphone e a mídia social, a transmissão de rádio AM/FM continua sendo o mecanismo de comunicação mais confiável, gratuito e acessível para os funcionários públicos se comunicarem com o público em tempos de emergência”, escreveu ele. “Como resultado, qualquer eliminação da transmissão de rádio AM pode representar um problema de comunicação significativo durante emergências.”
Ainda que atinja neste primeiro momento apenas nos EUA, sabemos que se esse movimento for consolidado lá fora, em pouco tempo pode chegar até o Brasil, além disso há também o receio de que esse seja o primeiro passo para algo terrível como a extinção de vez o rádio.