
Morre Sly Stone, pioneiro do funk e do psych-rock, aos 82 anos
9 de junho de 2025
Líder do Sly and the Family Stone deixa um legado que moldou a história da música e segue inspirando gerações
O mundo da música se despede de um de seus mestres mais inventivos. Sly Stone, cantor, compositor, produtor e líder da lendária banda Sly and the Family Stone, morreu nesta segunda-feira (9), aos 82 anos. A informação foi confirmada por sua família, que divulgou um comunicado oficial. O artista enfrentava uma longa batalha contra a doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC) e outros problemas de saúde.
Nome fundamental na consolidação do funk, do soul e do psych-rock, Sly Stone ajudou a redefinir o som da música popular nas décadas de 1960 e 1970, criando uma fusão explosiva de ritmos, harmonias e mensagens sociais que ecoa até hoje. Com canções como “Dance To The Music”, “Everyday People”, “Family Affair” e “I Want to Take You Higher”, sua música não apenas embalou pistas de dança, mas também ofereceu um olhar afiado e humanista sobre temas como igualdade, diversidade e unidade.
O álbum “There’s A Riot Goin’ On” (1971) é considerado uma obra-prima incontornável — sombrio, inovador e profundamente político, enquanto “Stand!” (1969) permanece um marco de otimismo e vigor criativo. Não por acaso, ambos os discos figuram entre os mais influentes da história do rock e da música negra americana.
Nos anos 1990, Sly praticamente se retirou da vida pública, em meio a um período turbulento marcado pelo uso de drogas e pelo afastamento dos holofotes. Em 1993, foi introduzido no Rock & Roll Hall of Fame, e voltou a aparecer em 2006, durante uma homenagem no Grammy. Mais recentemente, teve sua vida e obra revisitadas no documentário “Sly Lives!”, dirigido por Questlove, e em um livro de memórias publicado em 2024.
Em nota, a família destacou:
“Sly foi uma figura monumental, um inovador revolucionário e um verdadeiro pioneiro que redefiniu o panorama do pop, funk e rock. Suas canções icônicas deixaram uma marca indelével no mundo e sua influência permanece inegável.”