Guitarrista compra amplificador no Facebook e descobre peça usada por John Lennon no ‘White Album’

28 de julho de 2025

O que começou como uma simples negociação online acabou se tornando uma das descobertas mais fascinantes do universo beatlemaníaco nos últimos anos. O guitarrista inglês James Taylor, de 45 anos, morador de Brighton, comprou um amplificador vintage no Facebook Marketplace por cerca de £3.000 (aproximadamente R$ 22 mil) e acabou levando para casa uma peça usada por ninguém menos que John Lennon nas gravações do lendário White Album, dos Beatles.

Pai de dois filhos e músico experiente, Taylor disse que ignorou inicialmente a história contada pelo vendedor. “Ele comentou que o amp poderia ter sido um presente do Lennon, mas eu já tinha ouvido esse tipo de história antes. Não levei muito a sério”, contou em entrevista à Guitar World. A desconfiança era compreensível: o mercado de equipamentos vintage está repleto de lendas urbanas, promessas exageradas e falsificações. Mas dessa vez era tudo verdade.

Após fechar a compra e começar a pesquisar a origem do Fender Deluxe blackface, Taylor se deparou com evidências de que o amplificador era parte de um lote enviado pela Fender para os Beatles em 1968, durante os preparativos para as gravações do White Album. Um dos integrantes que o utilizou foi John Lennon. Mais tarde, o equipamento foi presenteado a Rod Lynton, músico que participou das gravações do disco Imagine (1971), como forma de agradecimento.

A confirmação veio do próprio Lynton, que forneceu um certificado autenticando a peça. “Foi aí que percebi que tinha algo muito especial nas minhas mãos”, afirmou Taylor.

Mesmo com o valor histórico, o guitarrista admite que usou o amplificador com sua banda em ensaios, antes de saber do verdadeiro peso cultural da peça. “Funciona e soa fantástico… Eu poderia ter sido mais cauteloso se soubesse de tudo antes.”

Agora, diante da confirmação, Taylor estuda colocar o equipamento em leilão. Ele acredita que o item pode ser vendido por uma quantia de seis dígitos, valor que reflete não apenas a raridade do modelo, mas o fato de ter sido usado por um dos maiores nomes da música mundial. “Parte de mim gostaria de ficar com ele, mas é inviável com crianças correndo pela casa”, comentou.

Taylor ainda busca apoio para uma autenticação formal completa, que possa incluir provas fotográficas ou registros técnicos das sessões. A história já circula entre colecionadores, museus e fãs dos Beatles, reacendendo o fascínio por objetos que carregam a energia de momentos históricos da música.

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