Steve Vai revela quantas horas por dia ele praticava na guitarra: “Era paixão, não disciplina”

15 de setembro de 2025

Guitarrista contou em podcast com Billy Corgan que treinava até 30 horas em três dias, mas alerta: “Não é para todo mundo”

Antes de se tornar um dos guitarristas mais respeitados do mundo, Steve Vai precisou atravessar longos períodos de prática exaustiva. O tema voltou à tona durante sua participação no podcast The Magnificent Others, apresentado por Billy Corgan, vocalista do Smashing Pumpkins.

Vai começou a tocar guitarra ainda na pré-adolescência, tendo aulas aos 12 anos com Joe Satriani, e mais tarde ingressou no Berklee College of Music. O salto definitivo veio quando passou a integrar a banda de Frank Zappa, no início dos anos 1980. Mas, antes disso, havia um período marcado por treinos que beiravam a obsessão.

Paixão acima da disciplina

Segundo o guitarrista, tocar por horas seguidas não era resultado de um senso rígido de disciplina, mas sim de paixão. “Praticar sem parar não é para todo mundo. Você pode até tentar forçar, mas se não parecer natural para você, não vai dar certo. Eu ficava feliz se conseguia fazer nove horas por dia. Era muito neurótico, muito obcecado. Mas para mim, era paixão, não disciplina”, contou.

Vai lembra que, em algumas ocasiões, preferia dormir cedo na sexta-feira apenas para passar o fim de semana inteiro estudando. “Paixão é um motor muito mais poderoso para a criação do que a disciplina. Disciplina implica que você precisa se forçar a fazer algo que não quer. Já a paixão diz: ‘você vai fazer isso porque quer fazer’”, refletiu.

Entre os métodos que desenvolveu, está o “Steve Vai 30-Hour Workout”, que mais tarde virou material publicado pelo guitarrista. A ideia era distribuir 30 horas de treino em três dias, alternando blocos de estudo voltados para diferentes técnicas.

Em entrevista à Guitar World, Vai detalhou também sua rotina de nove horas diárias, que dividia em três blocos de três horas: Tarde (15h às 18h): exercícios técnicos básicos e aquecimento. Noite (18h às 21h): prática de repertório e improvisação. Madrugada (21h à meia-noite): experimentações e criação de novas ideias.

Apesar da fama dessa rotina extrema, Vai reforça que não acredita que todos precisem seguir um ritmo semelhante: “Não é necessário praticar tanto, a menos que você queira ser como um atleta olímpico. E, mesmo assim, é preciso ter cuidado. Algumas pessoas são ‘naturais’ e realmente não precisam praticar tanto. Suas rotinas precisam estar baseadas nos seus objetivos.”

Ao longo da carreira, Steve Vai consolidou-se não apenas como virtuose solo, mas também como integrante de grandes bandas. Após ser revelado por Zappa, substituiu Yngwie Malmsteen no Alcatrazz, brilhou na banda solo de David Lee Roth — logo após a saída do vocalista do Van Halen — e ainda integrou brevemente o Whitesnake. Hoje, segue como referência máxima da guitarra instrumental.

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