Morre Gary “Mani” Mounfield, baixista do Stone Roses e Primal Scream, aos 63 anos

21 de novembro de 2025

Gary “Mani” Mounfield, um dos baixistas mais marcantes da história do rock britânico, morreu aos 63 anos. A notícia foi confirmada por seu irmão, Greg Mounfield, nas redes sociais, e posteriormente repercutida pelo The Guardian. A causa e o local da morte não foram divulgados.

Figura fundamental na construção do som de Manchester e em duas das bandas mais influentes das últimas quatro décadas, Mani deixa dois filhos gêmeos, de 12 anos. Sua morte acontece dois anos após a perda de sua esposa, Imelda, que faleceu em novembro de 2023 após um diagnóstico de câncer no intestino.

Um baixista que moldou o rock britânico

Nascido em Manchester em 1962, Mani se tornou peça central do Stone Roses, banda que redefiniu o indie britânico no final dos anos 1980 ao unir rock psicodélico, grooves dançantes e uma estética que abriu caminho para toda a explosão Madchester. O baixo hipnótico de Mani é uma das marcas registradas do lendário álbum The Stone Roses (1989), disco considerado um dos pilares da música britânica contemporânea.

Após a dissolução do grupo, Mani ingressou no Primal Scream, onde ajudou a construir outra revolução sonora. No início dos anos 2000, sua presença consolidou a fusão entre rock, eletrônica e música de pista que transformou a banda de Bobby Gillespie em um organismo mutante, capaz de ir do dub ao garage rock sem perder identidade. Em ambos os grupos, Mani era o elo rítmico preciso, pulsante e intuitivo — um baixista cujo toque parecia sempre em movimento.

Ao longo da carreira, ele participou de reuniões, turnês históricas, gravações marcantes e manteve uma relação afetiva com os fãs, especialmente os de Manchester, que enxergavam nele um representante legítimo da alma musical da cidade.

Legado que atravessa gerações

Mani era reconhecido não apenas pelo talento técnico, mas pelo senso de comunidade e pela energia que transmitia, dentro e fora do palco. Bandas da cena britânica — do indie ao pós-punk moderno — frequentemente citam seu trabalho como referência.

Sua morte encerra um capítulo importante da música inglesa, mas seus riffs seguem vivos na memória coletiva: nos grooves de “I Wanna Be Adored”, na pulsação de “Fools Gold”, nas viagens sônicas do Primal Scream e na herança deixada para músicos que enxergaram em seu baixo um guia, não um coadjuvante.

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