Tom Morello revela existir material suficiente para um novo álbum do Audioslave e reacende esperança dos fãs
24 de novembro de 2025
Tom Morello voltou a mexer com o imaginário de uma geração inteira ao confirmar que o Audioslave ainda guarda um arsenal de faixas inéditas. Em entrevista ao canal snsmix, repercutida pela Consequence, o guitarrista revelou que há material suficiente para montar “um álbum inteiro de ótimas músicas” deixadas pelos tempos do supergrupo formado por ele, Tim Commerford, Brad Wilk e Chris Cornell.
Segundo Morello, essas canções ficaram fora dos discos por motivos muito mais subjetivos do que qualitativos,https://www.youtube.com/watch?v=H3meIjFvR5k um processo comum para bandas que atravessam longas sessões de estúdio. Ele explicou que a seleção de faixas nunca foi um ritual matemático: algumas músicas simplesmente não entravam no alinhamento final porque um integrante preferia outra, ou porque o momento pedia um caminho específico para o álbum. Com isso, de cada um dos três discos do Audioslave, sobrou material que, nas palavras do guitarrista, é “realmente ótimo”.
Inéditas mantidas no cofre, não por recusa, mas por desorganização
Morello reforçou que a ausência dessas músicas no mundo não tem nada a ver com desejo de bloquear lançamentos. “Não é por falta de nada, é simplesmente porque ainda não temos tudo organizado. Não há nenhuma intenção de não lançá-las. Eu adoraria que essas músicas fossem lançadas, e espero que um dia isso aconteça”, afirmou.
A fala reacende a esperança dos fãs, que há anos especulam sobre a existência de gravações escondidas — especialmente após a morte de Chris Cornell, em 2017, que deixou um vazio impossível de preencher, inclusive para o próprio Morello.
O guitarrista contou recentemente o quanto sente a falta do amigo e parceiro de banda. “Sinto falta de Chris Cornell todos os dias. De tocar aquelas músicas do Audioslave e trazer seu espírito à vida no palco — isso é algo muito, muito profundamente significativo para mim”, disse. Suas palavras traduzem o peso afetivo que esse acervo guarda, mais do que seu valor histórico.
Ativo originalmente entre 2001 e 2007, o Audioslave revolucionou o rock ao combinar a fúria de Morello, Commerford e Wilk (vindos do Rage Against The Machine) com a voz dilacerante de Cornell, então recém-saído do Soundgarden. Em 2017, o grupo voltou aos palcos para uma apresentação única, meses antes da morte do vocalista.
Se e quando essas faixas inéditas vierem à tona, serão mais do que sobras de estúdio, serão registros vivos de um encontro musical que definiu uma era e que continua ressoando, mesmo depois do silêncio.