PETA pede ao Alice in Chains que vire “Betty in Chains” para ajudar a salvar elefanta em situação crítica
2 de dezembro de 2025
A PETA fez um pedido inusitado ao Alice in Chains, adotar temporariamente o nome “Betty in Chains” nas redes sociais para chamar atenção ao sofrimento de uma elefanta de 56 anos mantida há décadas em um circo dos Estados Unidos. A proposta, que mistura trocadilho com apelo urgente, faz parte de uma campanha para pressionar o resgate da animal que, segundo especialistas, corre sério risco de colapso se não for aposentada imediatamente.
O pedido inclui uma petição online aberta ao público, que a organização espera ver impulsionada pelo enorme alcance da banda de Seattle.
A história de Betty
De acordo com a PETA, a elefanta conhecida como Betty foi capturada ainda filhote na Tailândia e passou mais de cinco décadas sendo usada em espetáculos. Hoje, integra o circo Carden e é forçada a se apresentar cerca de 300 vezes por ano. A organização afirma que ela demonstra sinais de esgotamento extremo, passando longos períodos imóvel, com os olhos fechados e a tromba caída um comportamento associado a dor física e sofrimento psicológico.
Um especialista em elefantes alertou que Betty pode enfrentar um colapso fatal a qualquer momento se continuar sendo transportada e obrigada a se apresentar.
O apelo ao Alice in Chains
A PETA enviou uma carta direta aos integrantes Jerry Cantrell, Sean Kinney, Mike Inez e William DuVall sugerindo que adotem por um mês o nome “Betty in Chains”, em referência ao próprio nome da banda.
No comunicado, a instituição escreve: “Estamos aumentando o volume de nossos esforços para resgatar Betty. Ao emprestar o nome icônico de vocês, ajudariam a amplificar sua história para milhões de pessoas — e a mudar a vida dela.”
O texto ainda lembra que o Alice in Chains já abordou a crueldade animal de maneira simbólica em “Man in the Box”, sugerindo que a banda tem histórico de sensibilidade ao tema.
Até o momento, o grupo não comentou publicamente a solicitação. Enquanto isso, a vice-presidente de comunicação da PETA, Lisa Lange, reforçou que Betty já sofria no circo “quando o grunge tomou Seattle”, e aproveitou para inserir um trocadilho com a música “I Stay Away”, pedindo que o público “fique longe” de espetáculos que exploram animais.
A campanha segue a tradição da PETA de se aproximar do rock para amplificar suas causas. O vocalista do The Smiths, Morrissey, criou um jogo inspirado em “Meat is Murder”; John 5, do Mötley Crüe, estrelou campanhas sobre adoção; e Joe Duplantier, do Gojira, já defendeu o veganismo ao lado da organização.