A declaração de Axl Rose que revelou o auge do conflito com Slash

30 de dezembro de 2025

A relação entre Axl Rose e Slash passou por uma reaproximação pública a partir de 2016, com a reunião do Guns N’ Roses para a turnê Not in This Lifetime. No entanto, o caminho até esse reencontro foi marcado por quase duas décadas de tensões profundas, ressentimentos e declarações duras.

Um dos episódios mais simbólicos desse período veio a público em 2000, quando Axl Rose concedeu uma entrevista à Rolling Stone. Na ocasião, o vocalista comentou abertamente o incômodo que sentia com a postura profissional adotada por Slash após sua saída da banda, em 1996.

Enquanto Axl defendia uma ideia mais fechada e controlada do legado do Guns N’ Roses, Slash seguia o caminho oposto: colaborações frequentes com artistas de diferentes estilos e aparições em projetos variados, que iam de parcerias com Michael Jackson a participações em programas de TV e animações.

Ao falar sobre isso, Rose revelou ter experimentado um nível de frustração que nunca havia sentido antes.

“Lembro de chorar por muitas coisas na minha vida, mas nunca tinha sentido lágrimas quentes, que queimavam… lágrimas que queimavam de raiva. Para mim, era porque eu via aquele cara tocando com todo mundo, de Space Ghost a Michael Jackson. Eu não entendia. Eu queria que o mundo o amasse e respeitasse, e sentia que ele estava jogando isso fora.”

A fala expõe não apenas o conflito pessoal entre os dois músicos, mas também visões opostas sobre carreira, exposição e preservação de imagem artística. Para Axl, a multiplicidade de projetos de Slash enfraquecia o peso simbólico do guitarrista como integrante do Guns N’ Roses. Para Slash, a liberdade criativa sempre foi parte essencial de sua identidade musical.

Caminhos separados após 1996

Depois de deixar oficialmente o Guns N’ Roses, Slash manteve uma agenda intensa fora da banda. Ele seguiu com o Slash’s Snakepit, projeto iniciado ainda durante sua permanência no grupo, lançou dois álbuns e, em 2002, formou o Velvet Revolver ao lado de Duff McKagan e Matt Sorum, também ex-integrantes do GN’R. A banda lançou dois discos antes de encerrar as atividades em 2008.

A partir de 2010, Slash passou a investir de forma contínua em sua carreira solo. O primeiro álbum trouxe uma série de convidados e deu origem à parceria com Myles Kennedy, que se consolidaria no grupo Slash featuring Myles Kennedy & The Conspirators. Em paralelo, o guitarrista manteve colaborações com artistas de diferentes gerações e estilos, algo que sempre fez parte de sua trajetória. Mesmo após o reencontro com Axl e o retorno ao Guns N’ Roses, Slash continuou equilibrando sua agenda entre a banda e projetos paralelos

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