Arctic Monkeys apresenta uma fase mais sofisticada com “The Car”
21 de outubro de 2022
Com uma pegada muito mais lenta e sofisticada, o quarteto formado por Alex Turner (vocal e guitarra), Jamie Cook (guitarra), Matt Helders (bateria) e Nick O’Malley (baixo), mostram em ‘The Car’ um álbum que pode ser a sua grande obra, muito mais maduro e mostrando toda a sua personalidade: “Não são mais apenas quatro pessoas tocando música indie”.
Alex Turner vem demonstrando há muito tempo a sua preferencia por uma sonoridade orquestrada, com ares mais elegantes e faixas mais lentas. Em The Car, o grupo apresenta uma verdadeira sequência de “Tranquility Base Hotel & Casino”
The Car talvez seja um álbum para ser apreciado como um bom whisky, aos poucos, dissecando cada nota de sabor, por esse motivo talvez demore a agradar o seu público de projetos anteriores que estejam sedentos pelo indie rock do passado.
Alex Turner permanece sereno e organizado nas suas ideias de construção sonora, trazendo muito prontamente letras com frases marcantes e de uma estrutura literária poética. A estética ultrapassou a imagem, os ternos cor pérola, camisas com golas marcantes, o veludo e o clima dos anos 70, apenas confirmam o que os singles liberados nas ultimas semanas já tinham apresentado.
A Mojo Magazine fez uma analise muito precisa do novo disco: “Músicas novas como The Car, Heroes And Villains harpsichord to the fore e Perfect Sense, tão meticulosamente barroco de Bacharach, habitam uma zona semelhante com muito mais convicção do que pastiche.” “Existem guitarras, no entanto. I Ain’t Quite Where I Think I Am é salpicado com wah-wah gestual, complementando um suporte que lembra um totem dos Monkeys dos últimos tempos, David Bowie, em sua fase Plastic Soul. Body Paint, enquanto isso, constrói graciosamente um crescendo difuso e um solo de guitarra de Turner que Keith Cameron define com precisão como “o Mick Ronson completo”.
Alex Turner diz ao MOJO . “ [ Mas ] eu sinto que ainda estamos ouvindo agora o mesmo instinto que estava nos dizendo como fazer essas coisas naquela época. Seguir esses instintos e tentar não deixar que outros fatores, sejam eles quais forem, atrapalhem. Você ainda está tentando fazer um bom trabalho, lá em cima no centro das atenções.”