Between the Buttons: Rolling Stones entre o pop e o psicodélico
20 de janeiro de 2022

Capa de Between the Buttons. Imagem: reprodução.
(por Guilherme Mattar)
Em 20 de janeiro de 1967, os Rolling Stones lançaram no Reino Unido o álbum que melhor capturou o período em que a banda dividiu-se entre o rock, o pop barroco e a psicodelia: Between the Buttons.
Cada vez mais lançando mão de diversos instrumentos – ideia advinda, sobretudo, da vontade de Brian Jones de deixar a guitarra um pouco de lado -, o grupo pegou o espírito da época e foi levando sua música além do rhythm & blues que o fez surgir.
O resultado, sob a produção de Andrew Loog Oldham, foi um conjunto de faixas que chega a ser difícil imaginar sendo gravadas em quaisquer outros álbuns do conjunto. Talvez “Miss Amanda Jones” pudesse estar no anterior Aftermath, mas “Yesterday’s Papers”? “She Smiled Sweetly”? “Cool, Calm & Collected”? “Complicated”? Os Stones estavam, realmente, numa onda muito específica.
No futuro, com o polêmico Their Satanic Majesties Request, o grupo dos compositores Mick Jagger e Keith Richards perderia a mão na psicodelia, e também o foco, achando que já estava maduro o bastante para se autoproduzir. Não estava. Os caras tomaram decisões estéticas duvidosas, e o reflexo disso seria visto a partir de 1968, quando os Stones resgatariam suas raízes e – mesmo sem perder de todo o viés psicodélico dos Swinging Sixties – sedimentariam a base de seu som mais aclamado.