Billie Joe Armstrong critica Pink Floyd: “Muito enrolação para o meu gosto”

27 de fevereiro de 2025

Billie Joe Armstrong, vocalista do Green Day, nunca escondeu sua predileção por um rock mais direto e enérgico. Mas, recentemente, o músico revelou que não consegue se conectar com um dos gigantes do rock progressivo: o Pink Floyd. Segundo ele, o som da banda britânica sempre lhe pareceu “arrastado” e “enrolado”, contrastando com sua abordagem mais crua e urgente ao fazer música.

Armstrong é conhecido por sua paixão pelo punk rock e por referências clássicas como The Beatles e The Who. No entanto, quando o assunto é Pink Floyd, a conversa muda de tom. “Eles sempre foram, para mim, o exemplo máximo de enrolação. Sou muito impaciente para esse tipo de coisa”, declarou o vocalista.

A crítica reflete o perfil de Armstrong como artista. O Green Day se destacou com faixas rápidas, diretas e de forte apelo melódico, enquanto o Pink Floyd apostava em longas composições, mudanças de andamento e atmosferas complexas. São mundos distintos dentro do rock.

Curiosamente, o álbum “American Idiot” (2004) do Green Day foi comparado diversas vezes a “The Wall” (1979), clássico do Pink Floyd. Ambos são discos conceituais, com narrativas estruturadas ao longo das faixas. No entanto, Armstrong sempre rejeitou essa comparação e afirmou que sua verdadeira inspiração veio de Pete Townshend e The Who, especialmente pelo conceito de opera rock já explorado em álbuns como Tommy e Quadrophenia.

Essa preferência também se refletiu em “21st Century Breakdown” (2009), outro álbum conceitual do Green Day, onde a banda aprofundou ainda mais essa abordagem de narrativa interligada, mas sem perder a energia punk.

Apesar das críticas, Billie Joe Armstrong reconhece a importância histórica do Pink Floyd, mas reafirma que simplesmente não tem paciência para seu estilo. Sua opinião divide fãs, mas ilustra como, mesmo dentro do rock, artistas podem ter perspectivas completamente diferentes sobre o que funciona musicalmente.

Via 89 Rock