COM INGRESSOS QUASE ESGOTADOS, SHAWN JAMES TOCA EM CURITIBA

14 de abril de 2023

Sensação do blues rock e soul/folk, americano falou com exclusividade à Mundo Livre FM: “Quero conhecer a cidade”

Por Carlos Eduardo Oliveira

O pocket show para imprensa e (poucos) convidados em São Paulo aconteceu em um verdadeiro speakeasy de rock, o ótimo Iglesia La Borratxeria, em Pinheiros. No curto set, Shawn James, em turnê pelo Brasil, deixou de lado o formato acústico de banquinho-e-violão pelo qual é conhecido e atacou ferozmente suas canções com a banda Shapeshifters: baixo, bateria, guitarra (ele) e um violino que fez toda a diferença. Bem legal mesmo. Envolvente.

Depois, à vontade, simpático, tirou fotos, deu autógrafos e conversou com a galera. O repórter pede desculpas e o interrompe para a entrevista. “Relaxa. É até bom, assim pego leve. Tem muita festa ainda pela frente aqui no Brasil”, brincou.

O show em Curitiba acontece nesta sexta-feira, às 20hs, no Basement Cultural.  

Mundo Livre FM: Como está sendo a experiência no Brasil até aqui, e qual a expectativa para o show de Curitiba?

Shawn James: “Estamos amando. Estive aqui em setembro do ano passado, fiz shows acústicos lotados e me surpreendi com a ótima reação do público. Foi bem louco: what the hell! (risos), disse pra mim mesmo. Preciso voltar com a banda. Sobre Curitiba, soube que o show está praticamente sold out. Me falaram muito bem da cidade. Quando se está em turnê, não se tem a chance de conhecer muito onde se toca. Mas quero conhecer a cidade o máximo possível”.

Com a banda, você toca muito mais alto e mais pesado. Tem alguma preferência, em relação ao acústico?
“Na verdade, necessito de ambos. O lado acústico é mais intimista, pessoal, de alma. A banda traz uma energia alta, um som enorme. Por isso gosto quando combino no mesmo show uma parte acústica e a outra com a banda. Meio a meio, alto e baixo. Vira uma montanha russa de emoções (risos)”.

Pergunto porque o lado acústico é meio que sua assinatura, a narrativa que se espera de você.
“Verdade. É por isso que nunca o deixo de lado. Faço shows meio a meio”.

Incomoda quando as pessoas o rotulam de trovador, ou menestrel, por conta do lado acústico?
“Não. Quando comecei, há dez anos, era só acústico. E foi assim que as pessoas me descobriram. Eu gostei, mas não a pondo de temer mudanças. Pensei: vou fazer tudo que gosto, experimentar todos os estilos e gêneros. E até aqui, tenho tido enorme apoio do público”.

Você morou em Nashville, Tennessee, capital da country music, que celebrizou Johnny Cash e muitos outros artistas. Como essa experiência influencia sua música?
“Morei lá três anos. E pra ser honesto, naquela época o country era muito comercial, puro business. Todos os grupos que tocavam nos bares e casas de shows punham terninhos e gravatinhas e tentavam ser a ‘próxima estrela’ do country. Mas o lado que gostei foi o da velha Nashville, mais autêntica, fora do radar. Não faço música pra ser estrela, faço porque gosto, o mundo é minha terapia. Mas morar lá foi um grande aprendizado: pela primeira vez vi que a música pode ser genuína e autêntica e ao mesmo temo parte do music business”.  

Confira o som de Shawn James

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