
Garbage lança álbum “Let All That We Imagine Be The Light” com mensagens de esperança em tempos sombrios
2 de junho de 2025
Novo disco equilibra energia visceral e ternura em uma ode à resistência emocional e à construção de um futuro mais humano
Depois de três décadas na estrada e mais de 20 milhões de discos vendidos, o Garbage segue reinventando sua voz sem abandonar suas raízes. O oitavo álbum de estúdio da banda, Let All That We Imagine Be The Light, chegou como uma resposta sensível e firme ao mundo em convulsão. O título já entrega a proposta: em tempos de caos, a luz imaginada, e construída, pode ser uma forma de resistência.
A vocalista Shirley Manson descreve o disco como uma reflexão sobre a fragilidade da vida, mas também sobre a beleza escondida nas falhas humanas. “É esperançoso. É muito sensível ao que significa ser humano”, explicou em nota oficial. A mensagem, ao contrário do tom raivoso de No Gods No Masters (2021), agora mira na reconstrução, na ternura e na necessidade de criar em vez de destruir.
Gravado entre o estúdio Red Razor Sounds, em Los Angeles, e o quarto de Shirley, o álbum é um trabalho colaborativo entre os membros da formação original — Manson, Duke Erikson, Steve Marker e Butch Vig — com produção adicional de Billy Bush, parceiro técnico de longa data. O uso de sintetizadores analógicos e texturas eletrônicas, somadas às guitarras incisivas e à percussão característica, reforça a atmosfera de tensão e respiro que permeia o álbum.
“There’s No Future In Optimism”, faixa que ganhou clipe logo no lançamento, é um bom exemplo dessa dualidade. É sombrio, mas não niilista. Há melodia, mas também ruído. É o Garbage em sua forma mais humana: política sem ser panfletário, vulnerável sem perder a força.