Gene Simmons afirma que não existem grandes bandas de rock atualmente: ele tem razão?

13 de fevereiro de 2025

Gene Simmons, baixista e cofundador do KISS, voltou a polemizar ao afirmar que não existem mais grandes bandas de rock na atualidade. Durante sua participação no podcast “Greatest Music Of All Time”, Simmons argumentou que o gênero perdeu espaço no mainstream e que nenhum grupo novo conseguiu atingir o status de lenda.

Para ele, o rock ainda tem força nos palcos – citando bandas como Iron Maiden e Metallica, que continuam arrastando multidões –, mas que essas são bandas antigas, e nenhum grupo recente conseguiu alcançar essa grandiosidade.

“Você não consegue encontrar uma nova grande banda de rock. Elas não existem. Cite uma, se você consegue pensar. Foo Fighters é uma grande banda, e isso foi há 30 anos.”

Além disso, Simmons destacou que o pop tomou a dianteira, impulsionado por uma base de fãs mais jovem e engajada, e citou Ariana Grande e Dua Lipa como exemplos de artistas que brilham atualmente.

As declarações de Simmons seguem a mesma linha de outras falas polêmicas que ele já deu nos últimos anos, incluindo a famosa frase “o rock morreu”, que ele repete há mais de uma década. Mas a verdade é mais complexa do que simplesmente declarar que não existem grandes bandas.

Se compararmos o rock dos anos 70, 80 e 90 com a era atual, é fato que o modelo de sucesso mudou. Antes, bandas gigantes surgiam com vendagens absurdas de discos, dominavam o rádio e se tornavam ícones culturais. Hoje, o rock não é mais o principal motor da indústria musical – esse posto pertence ao hip-hop, pop e reggaeton.

Mas isso significa que não existem mais bandas de peso? Longe disso. Greta Van Fleet, Ghost, The Struts, Royal Blood, Turnstile, Bring Me The Horizon, Måneskin e The Warning são alguns dos nomes que têm conseguido furar a bolha. Eles lotam arenas, fazem barulho nas redes sociais e resgatam sonoridades clássicas do rock com roupagens mais modernas.

Outro ponto levantado por Simmons é a transformação do mercado da música. Ele afirma que, quando as pessoas passaram a ter acesso gratuito às músicas por meio do streaming, o modelo de negócios do rock desmoronou.

E ele não está totalmente errado. Antigamente, o sucesso de uma banda era medido pelas vendas de álbuns e pelo número de cópias físicas vendidas. Hoje, com a popularização do streaming, a receita das bandas vem muito mais de turnês, merchandising e licenciamento de músicas do que da própria venda de álbuns.

Simmons também comparou o cenário do rock com o do pop, destacando que artistas como Ariana Grande e Dua Lipa dominam as paradas, impulsionados por uma base de fãs extremamente fiel e ativa.

Essa é outra realidade inegável. O pop se adaptou melhor ao digital, enquanto muitas bandas de rock tiveram dificuldades para acompanhar as novas formas de consumo musical. O TikTok, por exemplo, virou um grande impulsionador de sucessos, mas são raras as bandas de rock que conseguem viralizar na plataforma.

Por outro lado, o rock ainda é forte em turnês e festivais, algo que nem sempre acontece no pop. Bandas como Metallica, Guns N’ Roses, Foo Fighters e Red Hot Chili Peppers continuam entre os artistas que mais lucram com shows, provando que o gênero pode ter perdido força no mainstream, mas ainda tem um público massivo e engajado.

Via Billboard

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