Gene Simmons Reafirma: “O Rock Está Morto”

9 de dezembro de 2024

O baixista e vocalista do KISS, Gene Simmons, voltou a declarar que o rock está morto. Em uma entrevista recente ao The Zak Kuhn Show, Simmons reiterou sua visão de que o gênero perdeu o impacto cultural que teve em décadas passadas, especialmente quando comparado ao hip-hop, pop e EDM, que hoje dominam as paradas e a atenção global.

Para Simmons, o declínio do rock pode ser medido pela falta de artistas que tenham alcançado o mesmo nível de reconhecimento cultural dos grandes nomes entre 1958 e 1988. “Tivemos Elvis, The Beatles, The Stones, Jimi Hendrix, Pink Floyd, Bowie, e uma lista interminável de ícones. Hoje, quem são os novos Beatles? Ninguém pode responder”, afirmou ele.

Ele ainda desafiou a ideia de que bandas como Nirvana, Pearl Jam e Foo Fighters tenham alcançado esse status. “Se você perguntar a um jovem de 20 anos o nome de uma música do Nirvana ou quem é o baixista da banda, provavelmente não saberão responder. O mesmo vale para Pearl Jam. O reconhecimento que essas bandas têm é limitado aos fãs do gênero”, argumentou.

Simmons enfatizou que a verdadeira medida de impacto cultural está no nível de reconhecimento, não apenas no número de fãs. “As pessoas podem não gostar do KISS, mas reconhecem nossos rostos e sabem quem somos. Isso é ser icônico. A fama, em si, é a recompensa máxima.”

Ele comparou essa ideia a figuras fora da música, como Snoop Dogg, que transcende o rap devido a sua presença na mídia e parcerias inesperadas, como seu programa de TV com Martha Stewart. Para Simmons, o rock falhou em criar figuras semelhantes nos últimos 35 anos.

Simmons destacou que o hip-hop ocupa o espaço que o rock deixou vago, algo que também foi apontado por outros artistas. Em 2018, o vocalista do Maroon 5, Adam Levine, disse à Variety: “Toda a inovação está no hip-hop. É melhor do que todo o resto porque é estranho, vanguardista, falho e real. E é por isso que as pessoas o amam.”

Gene Simmons acredita que as mudanças na indústria musical contribuíram para a queda do rock. Em uma entrevista anterior à Esquire, ele afirmou: “O rock não morreu de velhice. Ele foi assassinado. É muito mais difícil ganhar a vida tocando e escrevendo músicas. Ninguém vai pagar você para fazer isso.”

A declaração de Simmons reacendeu o debate sobre o estado do rock. Embora muitos músicos concordem que o gênero perdeu espaço, outros defendem que ele continua vivo em subculturas e novos movimentos musicais.