
Hulk Hogan, ator e lenda da luta livre, morre aos 71 anos
24 de julho de 2025
O mundo do entretenimento perdeu nesta quinta-feira (24) uma de suas figuras mais icônicas. Hulk Hogan, nome artístico de Terry Gene Bollea, morreu aos 71 anos após sofrer uma parada cardíaca em sua casa, em Clearwater, na Flórida, segundo informações do site TMZ. O ex-lutador foi retirado do local por paramédicos e, apesar dos esforços, não resistiu.
A notícia chega dias após a esposa de Hogan, Sky Daily, ter negado publicamente que o marido estivesse em coma, enquanto ele se recuperava de uma cirurgia. O ex-lutador já enfrentava problemas de saúde há alguns anos, mas sua morte pegou fãs e amigos de surpresa.
Nascido em 11 de agosto de 1953, em Augusta, na Geórgia, Hogan foi um dos nomes mais influentes da luta livre americana, especialmente nas décadas de 1980 e 1990. Seu personagem musculoso, com bandana, bigode inconfundível e gritos de guerra como “Whatcha gonna do when Hulkamania runs wild on you?”, marcou gerações e ajudou a transformar o wrestling profissional em um fenômeno global.
Hogan brilhou principalmente nas duas maiores organizações do esporte: a World Wrestling Federation (WWF, hoje WWE) e a World Championship Wrestling (WCW). No total, acumulou doze títulos mundiais — seis em cada federação — e detém o impressionante recorde de 1.474 dias consecutivos como campeão da WWF entre 1984 e 1988. Também foi o primeiro lutador a vencer duas edições consecutivas do Royal Rumble, em 1990 e 1991.
Seu carisma o levou para além dos ringues. Nos cinemas, participou de filmes como Rocky III (1982), onde interpretou Thunderlips, e estrelou produções como Comando Suburbano (1991) e O Senhor Babá (1993), que, embora não fossem aclamadas pela crítica, conquistaram legiões de fãs, especialmente entre o público jovem. Em 1994, protagonizou também a série de ação Thunder in Paradise.
Sua carreira, no entanto, não esteve livre de controvérsias. Em 2012, Hogan se envolveu em uma disputa judicial com o site Gawker, que publicou sem autorização um vídeo íntimo do ex-lutador. O processo resultou inicialmente em uma indenização de mais de US$ 140 milhões, levando o grupo Gawker à falência. Posteriormente, as partes entraram em acordo, e Hogan recebeu US$ 31 milhões.
Fora dos holofotes esportivos e cinematográficos, Hogan também se aproximou da política. Simpatizante declarado do Partido Republicano, chegou a participar de eventos da legenda, incluindo uma aparição na Convenção Nacional Republicana, onde manifestou apoio ao presidente Donald Trump, inclusive protagonizando um momento que viralizou, ao rasgar a própria camisa em um gesto performático de engajamento político.
A morte de Hulk Hogan encerra uma das trajetórias mais marcantes da cultura pop americana. Ícone de uma era em que a luta livre ganhou status de entretenimento mainstream, Hogan deixa um legado que transcende os ringues e permanece vivo na memória de milhões de fãs ao redor do mundo.