Metallica salva o dia: banda empresta palco e evita caos no Tomorrowland Bélgica

18 de julho de 2025

Após incêndio devastador, festival recria estrutura principal em tempo recorde com ajuda indireta do gigante do metal

O Tomorrowland Bélgica 2025 quase teve um fim antes mesmo de começar. Mas graças a uma contribuição inesperada, o principal festival de música eletrônica do mundo manteve sua programação intacta. Quem ajudou a virar esse jogo? Nada menos que o Metallica.

Após um incêndio de grandes proporções consumir o palco principal do festival na última quarta-feira (16), a organização correu contra o tempo para reconstruir a estrutura a tempo da abertura, nesta sexta (18). Segundo o jornal belga HLN, elementos do palco da turnê europeia do Metallica, que estavam armazenados na Áustria, foram cedidos pela banda e transportados pela empresa Stageco até a cidade de Boom, na Bélgica.

O resultado? Um novo palco — mais simples, é verdade — foi erguido em menos de 48 horas. Os organizadores confirmaram que todos os artistas irão se apresentar normalmente, em todos os palcos do evento. “Tomorrowland Bélgica 2025 vai começar como planejado”, garantiu a produção nas redes sociais.

A estrutura original destruída era imponente: com 2.616 metros cúbicos, costumava ser o centro das atenções, refletindo o tema anual do festival e garantindo um espetáculo visual à altura da sonoridade. A edição deste ano, no entanto, terá de abrir mão dos fogos de artifício, por medida de segurança.

O incêndio não deixou feridos, mas causou comoção entre os fãs, especialmente por um detalhe simbólico: o palco principal do Tomorrowland Bélgica costuma ser reaproveitado na edição brasileira, marcada para outubro deste ano. Com a perda total da cenografia, a organização ainda não confirmou se haverá impactos logísticos para o evento no Brasil.

Enquanto isso, o gesto de camaradagem da banda de James Hetfield e Lars Ulrich reforça um curioso cruzamento entre mundos: o do peso do heavy metal com os beats frenéticos da música eletrônica. Em tempos de crise, até os riffs ajudam a manter a batida viva.