Morre Garth Hudson, Último Integrante do The Band, aos 87 Anos
22 de janeiro de 2025
Garth Hudson, o talentoso tecladista e multi-instrumentista do lendário grupo The Band, morreu pacificamente durante o sono na manhã de 21 de janeiro de 2025, aos 87 anos. Hudson foi o último membro sobrevivente do grupo que marcou a história da música americana com sua combinação única de rock, country e R&B. A morte foi confirmada pelo Toronto Star e gerou uma onda de homenagens de colegas e fãs ao redor do mundo.
Nascido em Windsor, Ontário, Canadá, em 2 de agosto de 1937, Eric Garth Hudson era um músico prodígio, formado em piano clássico e com domínio de instrumentos como saxofone, violino e trompete. No início dos anos 1960, ele se uniu a Robbie Robertson, Rick Danko, Richard Manuel e Levon Helm no grupo que ficou conhecido como The Band, após deixar de ser banda de apoio do cantor de rockabilly Ronnie Hawkins.
Hudson foi responsável por criar o som distintivo da banda, especialmente com seu órgão Lowery, que trouxe um tom quase celestial a canções como “Chest Fever” e “The Weight”. Sua execução, frequentemente inspirada em música clássica e jazz, deu à The Band uma identidade sonora que desafiava as convenções do rock da época.
A influência de Hudson se estendeu além da The Band. Ele participou de projetos com Bob Dylan, incluindo a turnê elétrica de 1965 e as sessões de The Basement Tapes. Ao longo de sua carreira, Hudson contribuiu com artistas como Ringo Starr, Eric Clapton, Leonard Cohen, Van Morrison e Tom Petty, consolidando-se como um dos músicos de estúdio mais requisitados de sua geração.
Entre os álbuns marcantes da The Band, destacam-se Music From Big Pink (1968), The Band (1969) e Stage Fright (1970). O grupo encerrou sua primeira fase em 1976 com o show The Last Waltz, documentado por Martin Scorsese e considerado um dos maiores concertos da história do rock.
Induzido ao Hall da Fama do Rock and Roll em 1994, Garth Hudson também recebeu o prêmio pelo conjunto da obra no Grammy em 2008. Sua contribuição para a música americana vai além de sua habilidade técnica; ele personificava a alma criativa de uma época.