Muse lança “Unravelling” e dá início a nova fase com single explosivo e melancólico

20 de junho de 2025

O Muse está oficialmente de volta ao jogo. A banda britânica lançou nesta quinta-feira (20) o novo single “Unravelling”, primeiro material inédito desde o disco Will Of The People (2022). A faixa marca o início de uma nova fase da banda, mais introspectiva, pesada e eletrônica e foi apresentada ao vivo pela primeira vez na abertura da turnê europeia em Helsinque, na semana passada.

Produzida por Dan Lancaster (Bring Me The Horizon), atual membro de turnê do Muse, “Unravelling” mistura o drama cósmico do space-rock com camadas eletrônicas densas e sintetizadores atmosféricos. A faixa percorre caminhos sonoros que resgatam elementos clássicos de álbuns como Origin Of Symmetry e Absolution, mas com os pés cravados no futuro, lembrando também os flertes digitais de The 2nd Law e Simulation Theory.

A letra é um lamento existencial: “Um inseto preso em âmbar, sou um pulso que desaparece / Nosso amor é um roteiro apagado que ninguém consegue memorizar”, canta Matt Bellamy com voz contida, enquanto os sintetizadores conduzem o ouvinte a um estado de suspensão. Na sequência, entra um breakdown distorcido que explode em um refrão grandioso, marca registrada do trio.

“Unravelling” também é a primeira prévia do aguardado décimo álbum da banda, ainda sem título ou data oficial de lançamento. No entanto, a estratégia parece clara: testes ao vivo, um novo som em construção e uma promessa de reinvenção. A faixa já abre os shows da atual turnê, que passa por grandes festivais europeus como Hellfest (onde o Muse toca nesta quinta), Pinkpop, NOS Alive e Mad Cool.

Dan Lancaster, responsável pela produção, é velho conhecido do universo alternativo — com créditos em álbuns do Bring Me The Horizon (That’s The Spirit, Amo) e colaborações com Blink-182, Don Broco, One OK Rock, entre outros. Ele também esteve por trás de “Won’t Stand Down”, primeiro single do último disco do Muse.

Com “Unravelling”, o Muse aponta para um caminho de tensão emocional, energia crua e um universo sonoro que mescla destruição e esperança. Uma combinação que parece feita sob medida para os tempos de agora.