ONG DOS EUA TRAZ PARA CURITIBA PROJETO MULTIDISCIPLINAR QUE DISCUTE A VIOLÊNCIA DE GÊNERO, RAÇA E ORIENTAÇÃO SEXUAL

14 de julho de 2023

#PlasticDoll promove diversas ações artísticas, de pesquisa, formação e ativismo em espaços públicos. Todos os eventos são gratuitos.

Investigar experiências de construção de gênero, raça e orientação sexual e debater os sistemas opressivos que levam à violência usando como alegoria as bonecas da linha Barbie (Ken e Barbie) é o ponto de partida do projeto #PlasticDoll proposto pelo Babel Theater Project (BTP), organização não governamental sem fins lucrativos criada em 2017, na área de pesquisa teatral interdisciplinar, com sede nos EUA.

      Trata-se de um projeto educacional e de intervenção social que mistura arte, pesquisa e ativismo. A iniciativa está sendo realizada pela primeira vez em Curitiba.

       A programação que teve início em junho e vai até 30 de julho inclui oficinas comunitárias de escuta, oficinas artísticas de dramaturgia e encenação, mesas redondas, debates, apresentação de trabalhos relacionados ao tema, leitura dramática da peça Plastic Doll, ensaio e compartilhamento do processo de montagem do espetáculo com o público, instalação interativa e performática e ainda uma mostra de espetáculos. (Confira a programação)

    Todas essas atividades são gratuitas e serão realizadas em espaços públicos como a Biblioteca Pública do Paraná, o Centro Cultural Teatro Guaíra e o MON (Museu Oscar Niemeyer). A realização por aqui conta com a parceria criativa entre: Projeto Teatral Babel, Coletivo Adega Teatral (Curitiba), Thadeu Perrone Produções, Máquina de Ativismos (UFPR) e a RSLAW (Sociedade de Advocacia de Apoio a Projetos Culturais).

       A idealização do projeto, que conta com financiamento coletivo, é da diretora de teatro e dramaturga Ana Cândida Carneiro e do urbanista norte americano Brian English. Ela é paulista, mas vive nos EUA há 13 anos.  

     “#PlasticDoll é um projeto em aberto, que se estrutura de forma colaborativa, é um catalisador de energias que visa a transformação de consciência contra os processos opressivos de gênero, raça e orientação sexual através de pesquisas e ações interdisciplinares que geram impacto artístico e social. Nosso objetivo é desconstruir crenças e normas sociais limitantes”, declara a diretora.

 Ela explica que o uso das figuras icônicas da linha Barbie na investigação se dá no projeto por simbolizarem o colonialismo cultural. “A Barbie parece um brinquedo inocente, mas vende uma ideia de mundo, de futuro e reforça com grande potência os sistemas de dominação e abuso que levam a várias formas de violência. Sua produção está imersa em intenções pedagógicas, com o intuito de ensinar a supremacia de um tipo de corpo, raça e comportamento. ”

       Para compor uma das ações do projeto, a instalação performativa, que irá ocorrer no vão do MON com apoio do MAC-PR, dia 23 de julho, a organização está aceitando doações de bonecas da linha Barbie que estejam sem uso. Quem quiser contribuir pode doar as bonecas na Secretaria de Cultura do Paraná (Rua Ébano Pereira, 240).

      Para apoiar a causa acesse: https://www.vakinha.com.br/vaquinha/projeto-plastic-doll-arte-ativismo

     “Nossa ideia é promover o diálogo, formar comunidades e estabelecer-se de forma atuante. Queremos engajar um público amplo. Desejo que este projeto se torne um processo contínuo no Brasil e inspire iniciativas ativistas por onde passar”, almeja.

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