
Ozzy Osbourne morre aos 76 anos: adeus ao Príncipe das Trevas que mudou o rock para sempre
22 de julho de 2025
O mundo do rock amanheceu mais silencioso nesta quarta-feira com a notícia da morte de Ozzy Osbourne, aos 76 anos. A causa da morte não foi divulgada, mas o impacto da partida do eterno “Príncipe das Trevas” já se espalha entre fãs, músicos e amantes da música pesada — que perdem uma das figuras mais importantes, carismáticas e influentes da história do gênero.
Nascido John Michael Osbourne em Birmingham, na Inglaterra, Ozzy transformou sua origem operária em uma trajetória artística explosiva. Foi ao lado do Black Sabbath, banda que fundou com Tony Iommi, Geezer Butler e Bill Ward, que ele ajudou a criar os alicerces do heavy metal. Os álbuns “Black Sabbath” (1970), “Paranoid” (1970) e “Master of Reality” (1971) redefiniram os limites do rock com riffs soturnos, letras sombrias e uma estética que influenciaria gerações inteiras.
Demissão, renascimento e reinvenção
Após ser demitido do Sabbath em 1979 por conta de seu comportamento imprevisível e o abuso de substâncias, Ozzy renasceu artisticamente em carreira solo. Com o álbum Blizzard of Ozz (1980), que trazia faixas como “Crazy Train” e “Mr. Crowley”, ele provou que sua energia criativa estava longe do fim. Ao lado do jovem e virtuoso guitarrista Randy Rhoads, consolidou uma nova fase de sua carreira com sucessos que misturavam peso, melodia e teatralidade.
Durante as décadas seguintes, mesmo enfrentando sérios problemas de saúde, escândalos e batalhas pessoais, Ozzy manteve-se em atividade — seja lançando álbuns, realizando turnês mundiais ou estrelando o reality show The Osbournes, que apresentou ao mundo seu cotidiano caótico e divertido com a família.
A despedida
Nos últimos anos, os problemas de saúde se acumularam. Em 2019, Ozzy revelou ao público o diagnóstico de Parkinson. Passou por múltiplas cirurgias e cancelou turnês, mas nunca abandonou sua conexão com os fãs. Em 2023, encerrou oficialmente suas apresentações ao vivo, após uma última turnê marcada por limitações físicas, mas também por uma recepção calorosa dos fãs.
“Apesar de todas as minhas reclamações, ainda estou vivo… vejo pessoas que não fizeram nem metade do que eu e não chegaram até aqui”, declarou, com seu típico humor sombrio, em uma entrevista recente.
Ozzy deixa a esposa Sharon, os filhos Aimee, Kelly e Jack, e um legado inestimável no rock e na cultura pop. Ele não foi apenas o frontman de uma banda; foi uma entidade — um símbolo da rebeldia, da intensidade e da liberdade artística que o rock sempre tentou preservar.