Quando o cover supera o original: versões que marcaram a história da música

26 de setembro de 2025

Nos últimos anos, os covers se tornaram parte essencial do universo musical. Seja no rock, no pop ou no folk, versões reimaginadas ganharam força e, em muitos casos, ultrapassaram a popularidade de seus originais. Mais do que simples releituras, elas se transformaram em registros culturais definitivos de uma canção.

Hendrix e a redefinição de Dylan

Poucos exemplos são tão emblemáticos quanto “All Along the Watchtower”, de Bob Dylan. A faixa, que já tinha peso na obra do cantor, foi transformada por Jimi Hendrix em 1968, no álbum Electric Ladyland. Com arranjos incendiários de guitarra, a versão não só se tornou um clássico do rock, como também redefiniu a identidade da canção. O próprio Dylan passou a tocá-la inspirado na leitura de Hendrix.

Whitney Houston e o seu tributo a Dolly Parton

Alguns covers ganharam vida própria ao ponto de eclipsar a memória de suas versões iniciais. Foi o caso de “I Will Always Love You”, de Dolly Parton, que na voz de Whitney Houston virou um fenômeno global em 1992, permanecendo 14 semanas no topo da Billboard Hot 100.

Johnny Cash e o clássico de Nine Inch Nails

O mesmo aconteceu com “Hurt”, do Nine Inch Nails, recriada por Johnny Cash em 2002. A releitura melancólica, feita em seus últimos anos de vida, tornou-se uma despedida artística comovente.

Do underground ao hino pop de Soft Cell

Em 1965, Gloria Jones lançou “Tainted Love”, mas a faixa só explodiu em 1981 com o Soft Cell, que levou o synthpop à linha de frente da cultura dos anos 80.

I Love Joan Jett

De maneira semelhante, Joan Jett & The Blackhearts pegaram “I Love Rock ’n’ Roll”, ignorada pela banda The Arrows, e a transformaram em um dos maiores hinos do rock da década de 80, garantindo sete semanas consecutivas no topo das paradas americanas.

Beatles reinventados

Mesmo canções dos Beatles ganharam sobrevida nas mãos de outros artistas. “With a Little Help From My Friends”, originalmente cantada por Ringo Starr em Sgt. Pepper’s (1967), virou um hino soul com Joe Cocker em 1968. Sua performance arrebatadora em Woodstock consolidou a música como uma das maiores da contracultura.

“Twist and Shout”, que passou despercebida com o The Top Notes em 1961 e ganhou certo sucesso com os Isley Brothers em 1962, só atingiu dimensão mundial com a versão gravada pelos Fab Four em 1963.

Covers que se tornaram definitivos

Algumas interpretações acabaram sendo mais lembradas do que qualquer outra: Sinéad O’Connor com “Nothing Compares 2 U” (original de Prince), Janis Joplin com “Me and Bobby McGee” (de Kris Kristofferson), ou ainda o The Fugees transformando “Killing Me Softly With His Song” em hino hip hop dos anos 90.

O legado de Dylan no Guns N’ Roses

No rock, “Knockin’ on Heaven’s Door”, de Bob Dylan, encontrou nova geração de fãs com o peso emocional da versão do Guns N’ Roses nos anos 90.

Já no campo da tradição, “Whiskey in the Jar”, uma balada folclórica irlandesa, foi popularizada pelo Thin Lizzy em 1973 e, décadas depois, reinventada pelo Metallica, que venceu o Grammy de Melhor Performance de Hard Rock em 2000.

Tags:

Peça sua música

Quer sugerir uma música para rolar na minha programação? É só preencher os campos abaixo:

Aplicativo

Você pode ouvir a rádio Mundo Livre direto no seu smartphone.

Disponível no Google Play Disponível na App Store

2025 © Mundo Livre FM. Todos os direitos reservados.