Réveillon chegando, saiba como proteger os bichinhos do barulho dos fogos
30 de dezembro de 2022
Médico veterinário explicou para o Portal G1 que o tutor deve ficar perto do animal para dar segurança ao bicho. Lei sancionada em BH proíbe manuseio, utilização, queima e soltura de fogos com estampido.
A pouco mais de um dia para a chegada de 2023, as comemorações de Réveillon costumam ter fogos de artifício e, o que era para ser um espetáculo de cores e luzes, pode trazer consequências para os animais de estimação – porque eles têm sensibilidade auditiva.
“A potência auditiva dos cachorros chega a ser quatro vezes maior que a nossa. Alguns profissionais afirmam que sons acima de 60 decibéis são suficientes para afetar de forma estressante um canino. Essa sensibilidade auditiva apurada dos carnívoros pode gerar, ainda, ataques de pânico ou até mesmo convulsões. Assim, os fogos de artifício são inimigos dos nossos pets, pois desencadeiam um processo de estresse e medo”, disse Frederico Crepaldi, médico veterinário e professor da Estácio Belo Horizonte.
Ele falou ainda que, com os estampidos, os animais podem entrar em estresse, se assustar, pular janelas, correr para a rua e ser atropelados.
O médico veterinário explicou também que não há um comportamento padrão e que os bichos podem chorar, tremer, defecar ou urinar, ficar em estado de alerta ou agressivos.
Proteção
Para um Réveillon tranquilo e sem consequências, Crepaldi recomendou aos tutores que fiquem no mesmo ambiente e “mostrem aos pets que tudo está sob controle”.
“No momento do estouro dos fogos, coloque uma música ambiente mais calma, acaricie ou coloque o seu amigo no colo, oferecendo mais proteção e abrigo. Outra técnica é criar uma ‘toca’, um lugar onde o cãozinho ache que estará protegido. Esse lugar seguro pode ser uma mesa coberta por um lençol, longe da janela. Não podemos esquecer de colocar objetos pessoais do doguinho dentro da ‘toca’. Coloque brinquedos, caminha, água, petisco e apresente a ele antes do foguetório”.