
Rise Against revela suas músicas de protesto favoritas
10 de abril de 2025
O Rise Against sempre foi mais do que uma banda de punk rock — é um grito coletivo contra a apatia e a injustiça. Com uma carreira marcada por letras politizadas e performances enérgicas, o grupo se consolidou como uma das vozes mais consistentes do rock de protesto contemporâneo. Mas como toda força criativa, eles também têm suas próprias influências. Em uma seleção especial, os integrantes da banda compartilharam suas músicas de protesto favoritas — faixas que moldaram sua visão de mundo e sua música.
De um play para leitura:
Brandon Barnes (bateria)
“War Pigs” – Black Sabbath
Clássico absoluto do álbum Paranoid, a canção aborda a hipocrisia das guerras travadas pelos pobres em nome dos ricos. Foi a porta de entrada de Brandon para o som pesado e para a genialidade de Bill Ward.
“Revolution” – The Beatles
Um manifesto antiguerra, a canção levanta o debate sobre os meios de resistência — violentos ou pacíficos — e marcou Brandon com sua relevância ainda atual.
Joe Principe (baixo)
“Big Takeover” – Bad Brains
Para Joe, o punk é sinônimo de autonomia. A faixa é um lembrete permanente de que resistir ao autoritarismo é essencial — ontem, hoje e sempre.
“Radio, Radio” – Elvis Costello and The Attractions
Um “não” sonoro à indústria fonográfica e à manipulação comercial sobre o gosto popular. Uma crítica direta e sonora à imposição de tendências.
Zach Blair (guitarra)
“Dear God” – XTC
Combinando crítica religiosa e uma melodia pop envolvente, Zach vê essa faixa como um cavalo de Troia musical — acessível e provocadora ao mesmo tempo.
“Strange Fruit” – Billie Holiday
Símbolo eterno da luta pelos direitos civis, a canção denuncia os horrores do racismo e do linchamento com uma força que ressoa até hoje.
Tim McIlrath (vocal/guitarra)
“Nazi Punks Fuck Off” – Dead Kennedys
Escrita originalmente como crítica à cena punk dos anos 80, a música virou um grito contra o autoritarismo em todas as suas formas. “Se anda como um nazista e fala como um nazista, pode ser um nazista”, resume Tim.
“’Merican” – Descendents
Em menos de dois minutos, a banda reflete sobre o orgulho e a vergonha de ser americano. “Você precisa saber a verdade antes de dizer que tem orgulho”, destaca Tim.
“The Most Americanest” – As Friends Rust
A frase “Você simplesmente nasceu aqui” encapsula, para Tim, o privilégio involuntário que acompanha o nascimento em determinados lugares — um lembrete cru da desigualdade global.