Tina Turner, rainha do rock n’ roll, morre aos 83 anos

24 de maio de 2023

Tina Turner, cantora americana considerada a rainha do rock n’roll, morreu nesta quarta-feira (24) aos 83 anos. A morte foi confirmada pelo assessor dela ao site Sky News e a causa não foi revelada.

A cantora de sucessos como “What’s Love Got to Do with It”, “The Best”, “Pround Mary” e “We Don’t Need Another Hero (Thunderdome)” se lançou em carreira solo nos anos 1980 e acabou se tornando um dos maiores nomes da música mundial, sendo reverenciada onde quer que sua música tocasse.

Anna Mae Bullock, ou Tina Turner, nasceu em Nutbush no estado de Tennessee nos Estados Unidos, em 26 de novembro de 1939. Nascida em uma família pobre dos Estados Unidos, Tina foi abandonada pelos pais aos 15 anos e já muito nova teve que se virar, começou então a cantar em boates para se sustentar, trabalhando também como atriz e dançarina ao longo da sua carreira.

Amplamente referida como a “Rainha do Rock ‘n’ Roll”, Turner começou sua carreira com Kings of Rhythm em 1957. Sob o nome de Little Ann, ela apareceu em seu primeiro disco, “Boxtop”, em 1958. FOi em 1960, que ela foi apresentada como Tina Turner em um dueto single, com o seu ex marido Ike Turner, “A Fool in Love”. A dupla Ike & Tina Turner se tornou “um dos mais formidáveis ​​shows ao vivo da história”. Eles lançaram sucessos como “It’s Gonna Work Out Fine”, “River Deep – Mountain High”, “Proud Mary” e “Nutbush City Limits” antes de se separarem em 1976.

Na vida pessoal, porém, o casamento foi marcado por brigas e escândalos. Alcóolatra e viciado em drogas, Ike culpava Tina pelo declínio da dupla, a agredia violentamente, humilhava e a traía. Ela apareceu em público diversas vezes com o olho roxo ou com o lábio inchado. Depois de 18 anos, ela se cansou das agressões e decidiu abandonar o marido. Na justiça, propôs abrir mão de todo o patrimônio em troca de poder manter o sobrenome Turner.

Tina recomeçou do zero. Sem dinheiro, morou com uma amiga e abriu shows para outros grupos famosos, como os Bee Gees. Para voltar ao cenário musical, apostou no rock, influenciada pelos Rolling Stones e por David Bowie. Adotou também um novo estilo, com roupas ousadas e cabelos loiros espetados.

Em 1984, lançou o álbum ‘Private dancer’. O hit ‘Whats love gotta do with it’ teve ascensão meteórica e ajudou Tina a vender mais de dez milhões de cópias em todo o mundo.

O título de rainha do rock surgiu aos 45 anos.

Ela exibia as belas pernas, cantava e dançava sem perder o fôlego, levando a multidão ao êxtase.

Em 1986, lançou a biografia ‘Eu, Tina: a história da minha vida’, que conta a trajetória profissional e pessoal com o ex-marido, além de revelar as constantes agressões. O livro virou filme em 1993, estrelado por Angela Basset e Laurence Fishburne. Ike morreu em 2007.

O álbum seguinte foi ‘Break every rule’, com o qual Tina fez a maior turnê de sua carreira. Foram 14 meses viajando. Um show dessa turnê no Brasil entrou para o livro dos recordes: a cantora reuniu nada menos que 184 mil pessoas em uma única apresentação no Maracanã. O show foi transmitido ao vivo para todo o mundo.

No início dos anos 90, lançou a música ‘The best’, que chegou a ser tema de alguns atletas. Um deles foi Ayrton Senna, que subiu no palco ao lado de Tina durante uma apresentação.

Os trabalhos de Tina Turner não ficaram restritos à música. Ela estrou nos cinemas em 1975 no filme ‘Tommy’. Dez anos depois, fez outro sucesso: ‘Mad Max – Além da cúpula do trovão’. Ela foi responsável também pelo tema do longa-metragem, que dominou as paradas de sucesso. A cantora gravou a trilha de muitas outras produções, incluindo ‘007 contra Golden Eye’.

O sucesso da música fez com que Tina Turner, então com 56 anos, lançasse um novo álbum, ‘Wildest dreams’. No fim da década de 90, lançou o nono álbum da carreira solo e anunciou a aposentadoria dos palcos. ‘Twenty four seven’ teve apenas dois hits, mas o clima de despedida atraiu milhões para os shows.

Em 2008, para marcar os 50 anos dos prêmios Grammy, fez uma apresentação histórica. Além de cantar seus grandes sucessos, fez um dueto com a cantora pop Beyoncé. Aos 73 anos, Tina Turner superou Meryl Streep e foi a mulher mais velha a estampar a capa da revista Vogue.

Tina Turner é uma das grandes divas da música, poucos artistas igualaram tantos números: oito Grammys e 100 milhões de cópias vendidas em todo o mundo. Ela é simplesmente a melhor!

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