
Zak Starkey desabafa após ser demitido do The Who: “Esses caras são loucos pra caramba!”
18 de junho de 2025
Filho de Ringo Starr, baterista fala sobre demissões confusas, brigas de bastidores, relação com Oasis e desabafos do próprio pai sobre o comando da banda
A novela nos bastidores do The Who ganhou mais um capítulo, e dessa vez com direito a sinceridade sem freio. Zak Starkey, baterista do grupo por quase três décadas e filho do Beatle Ringo Starr, falou abertamente sobre sua demissão (e recontratação, e demissão de novo) da lendária banda britânica, revelando tudo o que pensou sobre o caos interno, os desentendimentos e até sobre o que o próprio pai acha disso tudo.
Em entrevista à Rolling Stone, Zak soltou o verbo: “Esses caras são loucos pra caramba! Já fui demitido mais vezes do que o Keith Moon em dez dias”. O baterista afirmou que ainda nem sabe se está ou não fora do grupo, já que Roger Daltrey teria dito recentemente: “Não tire sua bateria do depósito, podemos ligar para você.”
A crise começou em abril, quando o The Who anunciou a saída de Starkey. Poucos dias depois, Pete Townshend voltou atrás. Um mês depois, a demissão foi reafirmada. Confuso? Zak também acha. “É o The Who. Coisas mais estranhas do que isso já aconteceram.”
Ringo Starr, ao ser questionado sobre a situação do filho, teria disparado: “Nunca gostei do jeito que aquele homenzinho comanda aquela banda”, em aparente alfinetada a Daltrey. Segundo Zak, os ensaios para os shows no Royal Albert Hall foram tensos, com Roger culpando sua bateria “alta demais” por estar atrapalhando sua voz. Starkey retrucou por e-mail, dizendo: “Você entrou quatro compassos antes. Eu te vi na TV.”
Entre idas e vindas, sobrou até para o Oasis. Zak contou que recusou convites para se juntar à banda dos irmãos Gallagher por causa dos compromissos com o The Who, e agora, vendo a oportunidade perdida, ele admite: “Eu disse a eles: ‘Por que diabos eu não estou na sua banda, cara, ajudando a torná-la a melhor banda de rock do mundo de novo?’”
A vaga no The Who foi ocupada por Scott Devours, músico de longa data da banda solo de Daltrey. Mas mesmo com o clima esquisito, Zak diz que não guarda rancor: “É como uma família. E no palco, eu e o Pete… é como se estivéssemos transando. Fora dele, a coisa fica estranha, mas ali… é puro rock.”
Para alguém que cresceu com o peso do sobrenome Starr e ainda assim construiu sua reputação como um dos bateristas mais respeitados do rock britânico, Zak deixa claro que o caos, no fim das contas, é parte do pacote. “No The Who, se você acha que algo vai acontecer, acontece o oposto. E se duvidar do Pete, ele vai tocar o oposto. É isso.”