Ziraldo: O Brasil perde um ícone da cultura

8 de abril de 2024

Um dos grandes nomes da cultura nacional, Ziraldo, faleceu neste último sábado (6), deixando muitos fãs, do seu trabalho como cartunista, jornalista, chargista e escritor, em luto em todo o país. Aos 91, Ziraldo, parte de causas naturais e no conformo de sua casa. De acordo com informações oficiais, o escritor veio a óbito enquanto dormia.

Ziraldo Alves Pinto nasceu em 24 de outubro de 1932 em Caratinga (MG), onde passou a infância. Mais velho de uma família com sete irmãos, foi batizado a partir da combinação do nome da mãe (Zizinha) com o nome do pai (Geraldo). Leitor assíduo desde a infância, teve seu primeiro desenho publicado quando tinha apenas seis anos de idade, em 1939, no jornal “A Folha de Minas”. Iniciou a carreira nos anos 1950, na revista “Era uma vez…”. Em 1954, passou a fazer uma página de humor no mesmo “A Folha de Minas” em que havia estreado.

Em 1957, formou-se em Direito na Faculdade de Direito de Minas Gerais, em Belo Horizonte. No mesmo ano, entrou para o time das revistas “A Cigarra” e, depois, “O Cruzeiro”. Em 1958, casou-se com Vilma Gontijo, sua namorada havia sete anos. Tiveram três filhos, Daniela, Fabrizia e Antônio.

Já na década seguinte, destacou-se por trabalhar também no “Jornal do Brasil”. Assim como em “O Cruzeiro”, publicou charges políticas e cartuns. São dessa época os personagens Jeremias, o Bom, Supermãe e Mineirinho. No período, pôde enfim realizar um “sonho infantil”. Ele se tornou autor de histórias em quadrinhos e publicou a primeira revista brasileira do gênero com um só autor, sobre a “Turma do Pererê”.

Os personagens eram um pequeno índio e vários animais que formam o universo folclórico brasileiro, como a onça, o jabuti, o tatu, o coelho e a coruja. A revista deixou de ser publicada em 1964, a partir do início do regime militar. Cinco anos mais tarde, Ziraldo fundou, com outros humoristas, “O Pasquim”.

Com textos ácidos, ilustrações debochadas e personagens inesquecíveis, como o Graúna, os Fradins ou o Ubaldo, o semanário entrou na luta pela democracia.

O velório de Ziraldo aconteceu no Museu de Arte Moderna (MAM) do Rio de Janeiro neste domingo. O corpo do desenhista foi sepultado no Cemitério São João Batista, em Botafogo, Zona Sul da cidade, em uma cerimônia cheia de homenagens e fãs emocionados.

Além das manifestações de pesar no Brasil, diversas personalidades e instituições internacionais também lamentaram a perda de Ziraldo, reconhecendo sua contribuição para a literatura infantil e para a cultura mundial.

Assim, a partida de Ziraldo deixa um vazio na cultura brasileira, mas seu legado permanecerá vivo através de suas obras, que continuarão a inspirar e encantar gerações futuras. Sua genialidade e sua criatividade continuarão a iluminar o imaginário de crianças e adultos, mantendo-se como uma referência da cultura nacional e um exemplo de talento e comprometimento com a arte.

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