
Nasi, vocalista do IRA!, esclarece polêmica em show de Contagem
24 de abril de 2025
Após uma onda de repercussões envolvendo um suposto episódio de expulsão de apoiadores de Jair Bolsonaro durante um show do IRA! em Contagem (MG), o vocalista Nasi gravou um vídeo nesta quinta-feira (24), publicado pela Folha de S.Paulo, para esclarecer os fatos e reforçar seu compromisso com o respeito à diversidade de ideias dentro da democracia.
No vídeo, Nasi afirma que o caso foi mal interpretado e que nenhum fã foi expulso do evento. O vocalista detalha que, durante a execução da música “Rubro Zorro”, grande parte do público começou a gritar “sem anistia”, slogan frequentemente associado à responsabilização por atos antidemocráticos. Nasi então ratificou o coro e se posicionou a favor, como já fez em outras ocasiões:
“Me solidarizei porque é assim que eu penso. Foi aí que um pequeno grupo no fundo vaiou — não só a mim, mas ao público. Isso é normal, é democrático.”
Segundo o cantor, sua fala seguinte, criticando pessoas reacionárias, pode ter sido mal interpretada como uma ordem para expulsão, mas isso não aconteceu.
“Não teve segurança dando mata-leão em ninguém. Eu me manifestei dizendo que pessoas reacionárias não representam a banda. O show prosseguiu normalmente.”
Nasi também pediu desculpas aos companheiros de banda, já que a polêmica resultou no cancelamento de algumas datas, embora a agenda já esteja sendo retomada. Ele enfatizou que o IRA! não é uma banda que promove tumulto e reforçou sua visão de respeito dentro do espectro político:
“Não tenho nada contra quem é conservador, quem é de direita democrática. A democracia é o nosso limite. […] São peças do xadrez da política brasileira.”
O vocalista ainda contou que a banda já realizou shows em locais considerados conservadores depois do episódio e que os ensaios para o “Acústico 20 Anos” estão a todo vapor, com datas marcadas em várias capitais.
“A gente vai recuperar. Os shows do IRA! continuam como sempre foram. Por isso a gente tem uma das maiores agendas do rock brasileiro.”