Pesquisa britânica revela: frequentar eventos culturais melhora a saúde e impulsiona a economia

20 de dezembro de 2024

Frequentar shows, peças de teatro ou exposições de arte não é apenas entretenimento: esses momentos de imersão cultural são comprovadamente benéficos para a saúde física, mental e até para a economia. Uma pesquisa pioneira realizada no Reino Unido, liderada pelo Departamento de Cultura, Mídia e Esporte (DCMS) em parceria com a Frontier Economics e o Centro Colaborador de Artes e Saúde da OMS, revelou que atividades culturais geram um impacto positivo anual estimado em £ 8 bilhões (R$ 62 bilhões) para a sociedade.

O estudo destaca que participar de atividades artísticas, mesmo de forma ocasional, contribui significativamente para o bem-estar geral. Entre os benefícios apontados estão o alívio de dores crônicas, a redução dos sintomas de depressão, o combate à solidão e até a desaceleração do avanço de doenças como a demência.

Segundo a professora Daisy Fancourt, diretora do centro da OMS e uma das responsáveis pelo estudo, a relação entre artes e saúde vai muito além da diversão:

“As artes ajudam a reduzir a dependência de medicamentos, melhoram o bem-estar e mantêm as pessoas fisicamente e socialmente ativas.”

A pesquisa analisou 13 grupos demográficos distintos, desde jovens adultos até idosos, para avaliar os benefícios em diferentes fases da vida. Um exemplo de destaque foi o programa “Quinta-feira no Museu”, direcionado a pessoas acima de 65 anos, que participaram de aulas de desenho. O resultado? Uma economia considerável nos gastos individuais com saúde, motivada pela redução nas visitas médicas e uma melhoria perceptível na satisfação com a vida.

Os jovens e a cultura

A pesquisa também trouxe dados animadores sobre a juventude. Indivíduos entre 18 e 28 anos que participaram de atividades musicais, teatrais ou artísticas relataram níveis mais elevados de felicidade e um senso mais profundo de propósito. O estudo calculou que a imersão cultural pode agregar, em média, um valor estimado de £ 1 mil (R$ 7,8 mil) anuais em qualidade de vida por pessoa.

O impacto vai além do bem-estar pessoal: o relatório evidencia como o consumo de cultura influencia positivamente a economia, especialmente na redução da pressão sobre os sistemas de saúde e no aumento da produtividade no ambiente de trabalho.

O papel da cultura no futuro

Com esses resultados, a pesquisa reforça o valor das artes como um investimento essencial para o desenvolvimento social e a qualidade de vida. A presença em atividades culturais é mais do que um ato de lazer: é uma prática que promove saúde, inspira propósito e fortalece comunidades.

Via The Guardian

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