Puff Daddy, o magnata da música, é acusado de crimes graves, envolvendo jay Z, Justin Bieber, Rihanna e outros famosos, em novo processo

23 de setembro de 2024

O Rapper mundialmente conhecido, Sean Combs, também chamado de Diddy ou Puff Daddy, foi preso recentemente e uma onda de novas acusações que chocaram o público, começaram a surgir. Nesta última sexta-feira (20), foi revelado um processo de 14 páginas contando detalhes dos crimes praticados, incluindo tráfico sexual, suborno, incêndio criminoso, sequestro e outras acusações. Os crimes giram em torno de uma série de eventos conhecidos como “freak-offs” – maratonas sexuais que teriam sido organizadas por Diddy em quartos de hotéis de luxo nos EUA, envolvendo garotos de programa, drogas e captações de vídeos sem o consentimento dos participantes.

O que são os “freak-offs”?

De acordo com os documentos divulgados, esses eventos eram descritos como “performances sexuais elaboradas”, organizadas por Diddy e sua equipe. Os encontros eram repletos de drogas, práticas sexuais abusivas e, frequentemente, resultavam em exaustão extrema dos envolvidos, ao ponto de ser necessário aplicação de fluídos intravenosos para recuperação. Testemunhas afirmam que as sessões sexuais duravam dias e envolviam uma logística complexa, incluindo uma equipe para organizar e limpar os quartos após os encontros.

A acusação alega que as imagens gravadas por Diddy, eram usadas para chantagear as vítimas, garantindo que elas não fossem procurar meios para denunciar os abusos. Em uma das provas mais contundentes do caso, é um vídeo de vigilância de 2016, onde Diddy aparece agredindo a sua ex-companheira Cassie Ventura, durante um desses encontros em um hotel em Los Angeles.

Cassie, apresentou um processo civil no ano passado, no qual acusa o ex companheiro de abuso físico, emocional e sexual durante o tempo de relação. No processo ela detalha como era forçada a participar dessas sessões sexuais, ou “Freak-offs”, onde tinha que seguir ordens de Diddy, incluindo derramar óleo de bebe sobre o seu corpo e tocar nos prostitutos enquanto o rapper a filmava.

Embora o processo tenha sido resolvido com um acordo judicial, as revelações abriram espaço para outras mulheres compartilharem suas histórias. O governo agora usa parte dessas alegações como peças para fundamentar o novo caso criminal sobre o rapper.

Defesa de Combs

Os advogados de Combs se opõem veementemente às acusações, afirmando que os encontros sexuais foram consensuais. Eles descrevem os “freak-offs” como eventos privados, nos quais todos os participantes estariam cientes e de acordo com o que aconteceria. “Isso pode chocar algumas pessoas, mas não era tráfico sexual”, afirmou Marc Agnifilo, um dos advogados de defesa. Ele argumentou ainda que seis dos homens identificados como prostitutos no caso não se viam dessa forma, descrevendo-se apenas como “acompanhantes pagos”.

A defesa também tenta desqualificar a gravação do ataque a Cassie Ventura, alegando que o incidente foi provocado após uma briga de casal, e não como parte de um encontro sexual forçado. De acordo com Combs, a discussão começou quando Cassie teria encontrado evidências de traição no celular dele.

Apesar da postura firme da defesa, os promotores afirmam que há uma vasta quantidade de evidências contra Combs, incluindo vídeos, fotos e mensagens de texto. Damian Williams, procurador dos Estados Unidos para o Distrito Sul de Nova York, destacou que Combs comandava uma verdadeira “empresa criminosa” com o apoio de funcionários de alto escalão, seguranças e assistentes pessoais. Essas pessoas teriam sido responsáveis por facilitar os “freak-offs”, organizar os quartos de hotel, entregar suprimentos e garantir que as vítimas ficassem em silêncio.

Embora Combs tenha negado repetidamente as acusações e se declarado inocente, a investigação continua, e o governo sugere que mais testemunhas podem surgir. De acordo com fontes próximas ao caso, alguns dos funcionários de Combs podem já estar colaborando com a justiça como testemunhas.

Repercussão no mundo do entretenimento

As acusações contra Sean Combs têm repercutido intensamente, especialmente na indústria musical, onde ele é considerado um dos maiores magnatas. Sua influência, desde o final dos anos 90, transformou o hip-hop e a cultura pop, consolidando-o como um ícone cultural. No entanto, essas revelações levantam questões sobre o comportamento abusivo e coercitivo nos bastidores da fama.

Outras mulheres já se pronunciaram publicamente desde a apresentação das acusações, e há rumores de que mais processos civis possam ser apresentados nos próximos meses. Combs, por sua vez, mantém sua inocência e afirma que essas acusações fazem parte de uma tentativa de extorsão.

Próximos passos no processo

Combs segue preso, sem direito a fiança, enquanto o caso continua a ser investigado. O juiz responsável pelo caso, Andrew L. Carter Jr., manifestou preocupação de que o magnata pudesse tentar influenciar testemunhas, manipulando narrativas e tentando encobrir provas, como já teria feito em episódios anteriores.

O julgamento está previsto para os próximos meses, e o desfecho do caso poderá redefinir a carreira e a imagem pública de Sean Combs, colocando em xeque sua trajetória como uma das figuras mais influentes do hip-hop. Enquanto isso, as denúncias contra ele continuam a crescer, com mais detalhes perturbadores surgindo a cada nova audiência.

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